Veja o vídeo logo abaixo desse texto com o tenente-coronel André
Soares, ex-analista da Agência Brasileira de Inteligência (ABIN) que revela
casos que marcaram a atuação da agência, como a “Operação Mídia” e a recente “Operação Satiagraha”.
ABIN foi criada em 1999 pelo governo
de Fernando H. Cardoso para assessorar a Presidência da República com
informações e também para “proteger o país de ameaças”.
Refrescando a memória nacional
Operação Satiagrah - as peças
se encaixando
Uma operação da Polícia
Federal Brasileira contra o desvio de
verbas públicas, corrupção e lavagem de dinheiro (em Portugal
também chamado de branqueamento de capitais) desencadeada em princípios de 2004 e que resultou na prisão, determinada pela 6ª Vara da Justiça
Federal em São Paulo, de vários
banqueiros, diretores de banco e investidores, em 8 de julho de 2008.
Satyagraha foi o termo usado pelo pacifista indiano Mahatma
Gandhi durante sua campanha pela independência da Índia que em sânscrito Satya, significa 'verdade'. Já agraha quer dizer 'firmeza', “firmeza
na verdade” - mas não senti muita firmeza
nessa operação...
A Operação Satiagraha abriu uma verdadeira "caixa de
Pandora". Negócios ligados ao nome do banqueiro Daniel Dantas, desde o governo Fernando Henrique até a gestão Lula foram trazidos a consciência popular.
Mas você não ligava pra isso na época, lembra? Conspiração é algo que você não lida. Muita abobrinha por metro quadrado, certo?
A Operação Satiagraha,
apreendeu no apartamento do banqueiro Daniel Dantas
documentos que comprovavam o
pagamento "de propinas a
políticos, juízes, jornalistas" no valor de R$ 18 milhões.
Imagina...
Gilmar Mendes, então
presidente do STF na ocasião, concedeu habeas
corpus a Daniel Dantas, o que gerou debates em fóruns de discussão na
internet, com milhares de mensagens contra e a favor da decisão, mas como
sempre, não deu em nada.
Também foi motivo de debates um estudo da Associação dos
Magistrados Brasileiros (AMB), divulgado dia 5 de Julho de 2007, no sentido de que desde 1988 até maio de 2007, nenhuma autoridade foi condenada nas 130
ações ali protocoladas
Rodrigo De Grandis, procurador da República, classificou como "ilegal e inconstitucional" a
decisão do presidente do Supremo Tribunal
Federal, ministro Gilmar Mendes, de
conceder habeas corpus ao banqueiro Daniel
Dantas.
E seu conhecimento parado... |
Grandis defendia que o mérito do habeas corpus deveria ter sido julgado primeiro pelo TRF (Tribunal
Regional Federal), para depois ser julgado pelo STJ e só então chegar ao
Supremo.
“A meu ver, a decisão
cria um foro privilegiado para um banqueiro, que não existe na Constituição”
— Procurador Rodrigo De Grandis.
Uma nova ordem de prisão foi solicitada pela Polícia Federal
em São Paulo a partir de documentos encontrados por uma testemunha que
prestou informações sobre "a ligação entre o preso e a prática do
crime de corrupção contra um policial
federal que participava das investigações.
Dantas ao ser preso pela
segunda vez teria dito ao delegado Protógenes Queiroz que: iria contar
tudo que sabia sobre suas relações com a
política, com os partidos, com os candidatos, com o Congresso, sobre suas relações
com a Justiça, sobre como corrompeu
juízes, desembargadores, sobre quem foi comprado na imprensa, sobre como pagou um milhão e meio para não
ser preso pela Polícia Federal em 2004.
Já viu esse filme?
Dejavu?
Não se sabe por que, mas Gilmar
Mendes concede um segundo Habeas Corpus a Daniel Dantas e a Associação de Delegados da Polícia Federal (ADPF)
divulga uma nota à imprensa criticando a decisão do presidente do então STF de
suspender a prisão preventiva do banqueiro Daniel Dantas em desacordo
com a jurisprudência dominante.
O Congresso Nacional ficou em silêncio e ninguém queria
saber de uma investigação séria sobre o
assunto. Dantas unificou a
oposição e a situação, já que são notórias as suas ligações com
parlamentares de ambos os lados.
A poeira assentou... e recentemente transitou em julgado dia (19/8/2015) a decisão do Supremo Tribunal Federal confirmando o sepultamento da
operação satiagraha.
Operação Lava Jato buscava
tráfico de drogas e máfia italiana e
topou com o Governo Central
Alberto Youssef e Carlos Habib Chater foram pegos pelo
Policia Federal no caso de tráfico internacional
de drogas, operação que contava com a participação da ‘Ndrangheta, máfia da região sul
da Itália.
Youssef e Chater eram responsáveis pela parte financeira da operação criminosa, que contava com a
participação da também doleira Maria de Fátima Stocker, que atuava com a dupla.
Yousseff vai abrir o bico!!!! |
A droga entrava no Brasil por via terrestre, depois de ser
embalada no Paraguai. Os pagamentos aos
traficantes eram feitos por Alberto
Yousseff, que tinha Habib Chater como um dos seus principais operadores.
Para ser solto rapidamente, Alberto Yousseff disse que estava disposto
a fazer um acordo de delação premiada,
desde que fosse garantida sua imediata
soltura, mas acho que o Dr. Moro não aceitou tão facilmente esse trato.
A prisão de Yousseff causou agitação no meio político, pois 85% dos políticos estavam de alguma
forma envolvidos com o doleiro, com o tráfico e corrupção.
Nomes que foram logo citados daí em diante: Roseana Sarney (que saiu do cenário político
rapidinho), Eduardo Campos (que tiraram do cenário rapidinho) e Sérgio Cabral Filho (que se escondeu
rapidinho), todos envolvidos com a Petrobras e outros desvios.
O final dessa história você agora já conhece.
Mas não acredite no que escrevo, faça sua própria pesquisa e
reveja a “suposta bravata” de Gilmar
Mendes e de outros que se dizem “contra as ações do governo”.
Não salva um! Eles estão nos enganando. Nada vai mudar. Não
vejo impeachment. Não vejo prisões.
Eles nunca saíram do poder e não vão sair facilmente. Não,
nessa civilização...
laura botelho
parte 1
parte 2