Golpe de Estado,
Consiste na derrubada ilegal, por parte de um órgão do Estado,
da ordem constitucional legítima.Os golpes de Estado podem ser violentos ou não, e podem corresponder aos interesses da maioria ou de uma
minoria.
Um golpe de Estado costuma acontecer quando um grupo político renega as vias institucionais para chegar ao
poder e apela para métodos de coação,
coerção, chantagem, pressão ou mesmo emprego direto da violência para
desalojar um governo.
Outros aspectos comuns que acompanham (antecedendo ou
sucedendo) um golpe de Estado são:
- Suspensão do Poder Legislativo, com fechamento do congresso ou parlamento;
- Prisão ou exílio de oposicionistas e membros do governo deposto;
- Intenso apoio de determinados setores da sociedade civil;
- Instauração de regime de exceção, com suspensão de direitos civis,
- Cancelamento de eleições e decretação de estado de sítio, estado de emergência ou lei marcial;
- Instituição de novos meios jurídicos (decretos, atos institucionais, nova constituição) para legalizar e legitimar o novo poder constituído.
O dito “Golpe de 64”- designa
o conjunto de eventos ocorridos em 31 de março de 1964 no Brasil,
que culminaram, no dia 1º de abril de 1964, com um a retomada do
poder pelos militares encerrando o governo do presidente João Goulart, também conhecido como Jango.
Jango havia sido também democraticamente eleito vice-presidente pelo Partido
Trabalhista Brasileiro (PTB) – na mesma eleição que conduziu Jânio da Silva Quadros, do Partido Trabalhista Nacional
(PTN) a presidência da Republica – mas Janio abriu mão de ser presidente
rapidamente, alegando que “forças ocultas” o orientaram a isso.
Modus Operandi...
O Caso dos Pinhos – A Odebrecht dos anos 50.
Em 1954, fora iniciada uma investigação para apurar o financiamento ilegal da campanha presidencial de Getúlio Vargas de
1950.
A acusação era de dinheiro vindo da Argentina, à época governada pelo General Juan
Domingo Perón. O interlocutor das tratativas com Perón era nada menos
que o jovem João Goulart, homem da confiança de Getúlio, similar a um “José
Dirceu” da época.
A interferência de
Perón no governo brasileiro já havia sido denunciada em 1954, pelo então
Ministro das Relações Exteriores de Vargas, o sr. João Neves da Fontoura -
um inocente útil, tolinho que não sabia
de quase nada...
Essa denúncia deu processo a crise naquele governo e que teve
como ápice da história o delcídio, digo, suicídio de Getúlio.
O dinheiro usado
para financiar os governos petebistas Vargas e Jango se deu por meio da exportação de "toras de pinho". Isso não é uma metáfora.
OK?
Perón havia criado uma série de estatais em 1947 que detinham
o monopólio de quase toda a atividade econômica no país. Uma
dessas empresas, a CIFEN (Comercial,
Inmobiliaria y Financiera E. N.) era a responsável pelo comércio de madeira.
Perón ordenou que
se pagasse um preço supervalorizado
dos carregamentos de pinho provenientes do Brasil e ainda autorizava o pagamento de comissões de corretagem
a uma empresa na qual João Goulart
era sócio, a Vale do Uruguai Ltda, com sede em São Borja-RS.
Em 1964, houve um
movimento de reação, por parte de setores conservadores da sociedade
brasileira - ao temor de que o Brasil viesse a se transformar em uma ditadura socialista similar
à já praticada em Cuba - após a
falha do Plano Trienal do
governo de João Goulart de estabilizar a economia...
Plano Trienal
Aumento dos impostos e tarifas, ignorando o efeito sobre os investimentos privados e a
redução do desperdício público.
O plano estava condenado ao fracasso antes mesmo da derrubada do governo
Goulart. Em 1964 a inflação geral
fechou em 91,8%.
A falha do Plano Trienal criou uma séria crise institucional.
João Goulart, em desespero, passou a fazer uso de decretos-lei, tentando nacionalizar várias empresas privadas de petróleo, e desapropriando algumas áreas para fins
de uma suposta reforma agrária, causando a ira da população, já
desgastada pela má condição econômica.
Inúmeras entidades sociais anticomunistas e sem
Facebook, foram criadas naquele período, ante ao "perigo vermelho", o
que favoreceu à derrubada do presidente Goulart com a ajuda dos militares.
A derrubada do comando vermelho marcou o início de um período
de profundas modificações na organização política do Brasil, bem como na
vida econômica e social, mas durou pouco tempo, pois o comando vermelho voltou
a atacar novamente, mas com “olhos grandes, nariz grande e um bocão enorme”...
A vigilância do sistema social pelos militares durou até 1985 – foram 21 anos – tempo suficiente
para que a futura nova geração não
tivesse acesso ao real movimento
anterior.
A realidade dos fatos foi modificada, transmutada, adaptada a
tropicália. Jovens idiotizados, bêbados, drogados e rebeldes, sem nenhuma causa,
lutaram sem metas, mas cheios de testosterona, por uma agenda oculta a ser
cumprida.
Tancredo Neves (avô
de Aécio Neves) foi eleito, indiretamente,
como primeiro presidente civil desde
1964, e tudo parecia que algo novo
iria nascer, mas algo deu errado... Tancredo não assume a presidência, mas eles sim.
Enfim, não vai ter golpe, pois o golpe já foi dado em 85 –
foram 31 anos – tempo suficiente para idiotizar, drogar, emburrecer, alienar,
hipnotizar duas novas gerações.
O golpe final será concluído após a teatral votação do impeachment.
Não haverá impeachment, não haverá mudança governamental, pois
ELES estão no Parlamento, no Senado, nos
Ministérios, no Supremo...
Por que eu digo isso?
Hoje foi vazado - sem
a autorização do Juiz Moro - na rede da internet um PDF do processo da Lava
Jato com a Xerox de planilhas de pagamentos da Odebrecht
a quase todos partidos políticos
e com mais de 200 nomes de políticos com o valor
correspondente recebido e checado!
Portanto, meus caros leitores, esse foi mais um golpe mortal
dos vermelhos com a Lava Jato... Vazaram nomes com foro
privilegiado
– Senadores e Ministros – com datas de 2012 a 2014.
Prato cheio para o Supremo de Dilma e para o seu Ministro da
Justiça que tá espumando bílis. Armaram um
golpe de mestre, de forma a complicar o andamento do processo Lava Jato,
complicar a apuração do conselho de ética no caso Cunha, a votação do
impeachment e o “caso Lula será esquecido”.
Bom, mesmo que você não tenha nascido e vivenciado essa época
de 64, a história se repete, e o modo de operação é o mesmo, nada mudou, e se
não popularizamos os eventos passados,
a memória do povo se vai – e a próxima geração ficará à mercê de um grupo que
mantém o script de controle o perpetuando.
Esse golpe foi duro, mas necessário, para que cada um de nós
veja, nitidamente, quem são “eles” sem as
máscaras. São todos comprados, acredite, eu consegui ver todas as planilhas.
Espero que um dia, a próxima história da nossa nação tenha um
final feliz, e que você possa contá-la melhor do que eu as futuras gerações. Não estarei aqui para ver esse “final feliz”, por
certo, mas acredito que a nova civilização, nunca a esquecerá.
laura botelho