"Em Risu Veritas"
No riso há Verdade
Lema da Guild Fools
Assisti a segunda parte do
filme “Tropa de elite” semana passada.
Fantástico. Não tenho palavras para descrever a brilhante atuação de todo
elenco. A vontade que dá é de bater palmas de pé quando as luzes se acendem. Cinema
brasileiro está demais.
Mas se ainda não viu e for assistir a esse filme com uma visão simplista de ordem e caos na
cidade do Rio de Janeiro... não perca seu tempo. As imagens são iguais a tudo
que você conhece em muitos documentários sobre guerra de tráfico em qualquer lugar do mundo – polícia x bandido – e
muito sangue - é o que verá.
Como eu sempre digo, tem que conhecer para ver. E o que se vê é o poder do alto da pirâmide. O poder da estrutura de cima pra baixo.
Matam se
os piões, mas o Rei continua de pé. Um jogo desleal quando não se sabe o que se está jogando. Uma luta em vão onde não
há vencedores, apenas ações sem fundamento ou pelo menos com uma crença errada,
ou não clara, definida, sobre os fatos reais dessa explosão de comportamentos.
Os negativos estão em todos os cantos. Atuam sem o menor receio de serem descobertos, pois têm a total ciência de
que contra a força não há resistência. Eles nos conhecem melhor que nós mesmos.
Sabem que não gostamos de verdades, pois elas nos desviam de
nossas metas pessoais.
Somos egoístas a ponto de seguir em frente sem questionar muito. Questionar
é típico de um ou dois malucos, mas a massa, a maioria...
segue em frente, como gado para o abate, basta que um vá na frente para todos
irem atrás...
Por esse modo não conseguimos acordar todos. É uma tarefa desgastante e
de conta gotas.
A recusa em não querer enxergar ou não aceitar outra visão dos fatos para efeito de comparação atrasa a evolução. Mas a missão é essa...
quem sabe hoje eu consiga despertar um ou dois? Então, vamos lá!
O tolo, o palhaço, o curinga
ou “bobo da corte”
é um fenômeno universal.
Acredita-se que a arte de entreter vem de sociedades tribais pré-históricas,
mas que ganhou destaque no século 15 em todos os cantos da Europa medieval, na China, Índia, Japão, Rússia,
América e África.
O trabalho do bobo se faz na forma de humor, piadas, charadas, versos
poéticos, canções, palhaçadas acrobáticas, ou um balbuciar sem sentido, o que provocava risos frouxos que alegravam a corte dos antigos reinados.
Como um trabalho qualquer, a arte de ser um “bobo da corte” poderia ter
uma bela carreira se o candidato fosse notado pela realeza. Nada diferente
dos dias hoje quando um artista quer fazer sucesso tem que peregrinar por todos
os cantos para ser visto.
Não pense você que um bobo da corte era sempre um pobre coitado. Esse
poderia ser um inconformado estudante, mas erudito, um monge expulso de um convento, um ator com destreza verbal, ter um físico excepcional, ou um simples aprendiz de ferreiro. Qualquer um poderia fazer
uso da habilidade do entretenimento.
O poder aborrece por
vezes...
Mas para ser notado e ganhar destaque havia certos ritos a respeitar. O
artista cômico teria “consentimento”,
“licença” de sua Majestade ou dos senhores
para fazer uso de piadas sobre seus
governos e até mesmo de suas vidas pessoais usando de sua imbecilidade, sua “loucura”, sua destreza em se colocar no lugar de tolo, ignorante com o único objetivo –
de entreter os ditadores entediados com tanto poder.
Tudo girando em tom de “brincadeira”, é claro! Assim o idiota, tolo,
bobo da corte, poderia falar francamente sobre questões de uma
maneira que nenhuma outra pessoa “normal” poderia ousar em fazê-lo.
Todos sabiam sobre o jogo |
Mas mesmo assim havia um risco nessa profissão. O bobo da corte, o
palhaço, o curinga, não era imune ao humor de seus governantes. Eles exerciam
um cargo muito sensível que fluía conforme sua
habilidade e inteligência em saber o que
dizer, quando dizer e como dizer as “verdades”, pois sua vida
poderia ser ceifada com maior naturalidade caso a realeza não achasse “muita
graça” em seu desempenho.
Em uma época onde “liberdade de
expressão” não existia, fazer graça com questões que implicassem em revelar
o que não deveria ser revelado... era morte certa.
O bobo da
corte como um símbolo
No tarô - "O Louco"
O Louco é o 22º Arcano maior do Tarot, ou, simplesmente, o número 0,
conforme os baralhos. A carta em sua maioria, representa um jovem que caminha displicente.
Tem uma trouxa às costas e um cão que lhe morde o calcanhar tentando dete-lo do
precipício. A carta tem o número XXII e a letra hebraica TAU
(no Tarot de Thoth / Crowley a letra
ALEPH).
conheça
seu inimigo, seu ponto forte, bem como suas fraquezas |
No jogo de baralho – “Curinga”
O curinga é muitas vezes o maior trunfo, ou uma
vantagem no jogo.
É autorizado a reproduzir em substituição qualquer carta do baralho, mas
que impede, por vezes, (dependo do jogo) de vencer no final.
O fato aqui é entender que um “Joker” ou “Curinga” tem vantagens e desvantagens num jogo.
Depende do que se está praticando. Uma carta marcada que pode ser substituída a
qualquer momento...
Kennedy iria contar tudo ao mundo sobre os segredos dos OVNIs 10 dias
antes de sua morte. Todos com mortes “suspeitas”
de suicídio ou assassinados por “loucos”, não prestavam mais para
as finalidades a que se propunham.
Sabiam demais e não queriam mais participar do jogo. E nós sabemos o que acontece
quando queremos parar de brincar...
O cérebro reptiliano dos
seres humanos
é semelhante à
que foi possuído pelos répteis cerca de milhões de anos atrás.
É “pré-verbal”, mas controla
funções vitais autônomas do cérebro como batimentos
cardíacos, respiração, luta ou fuga ou mecanismos de congelar.
Sem linguagem, seus impulsos
são instintivos e ritualísticos.
São preocupados com as necessidades fundamentais, como a sobrevivência, manutenção física, colecionismo, dominância, aliciamento e acasalamento.
Esse é o perfil das mentes por trás do poder.
Com seus ternos, seus uniformes, suas roupas cotidianas, sua tatuagem, sua
posição social, sua maquiagem, colônia / perfume, língua pátria, território de jargões de trabalho, veículos, casas, medalhas,
jóias, etc adquirem um comportamento que nos confunde com status social no dia
a dia de nossas vidas.
Criminosos são répteis
Eles têm “sangue frio”
(literalmente). Respeitam a hierarquia. Querem estar no topo, para que possam
pensar / sentir que eles estão no controle. São ritualistas.
Expressam raiva, amor, tristeza, fome, sede, etc, com ações não-verbais impulsivas para satisfazer essas necessidades.
São incapazes de expressar
emoção verbalmente ou
escrita num nível adequado que se sintam satisfeitos. Por isso recorrem a símbolos como tatuagens, objetos,
emblemas etc.
O dia-a-dia objetivo é focado em refino de suas
habilidades predatórias como
um mecanismo de defesa contra o real,
ameaças em potencial. Querem ferir
como eles acreditam terem sido feridos.
Estão sempre em estado de hipervigilância, sempre
monitorando seus arredores de
possíveis ameaças, presas em potencial, e lugares para se esconderem diante de
algum perigo. São paranóicos.
São impulsionados a lutar, fugir ou congelar e só fingem submissão a fim de esperar um tempo,
condições favoráveis para atacar.
Gostam de exibir uma “falsa" identidade (pessoa boa, pessoa normal) uma imagem para esconder suas verdadeiras intenções, que não podem vir à
tona até o momento certo. São prestativos e abusam no quesito “pode contar comigo!”
Através do jogo de ganhar sua
confiança sentem-se superiores as
vítimas. O comportamento predatório do falso "anjo" é um estratagema
para conseguir vítimas em potencial, daí baixam a guarda e são
mais amáveis para um controle futuro.
São particularmente
territoriais
Podem até mesmo matar aqueles que estão próximos a eles a fim de proteger seu território.
Esse território pode estar em forma de símbolo como sendo um único item, uma frase, um gesto, uma pessoa, um objeto, uma casa, uma "representação" (reputação) etc ...
Gostam de "ornamentos" - ocultar-se em vários tipos de metamorfose. Gostam de se esconder se expondo.
Freqüentemente adotam um papel "eu sou uma vítima" (eu sou
inocente). Eles podem usar esse papel como uma atitude que lhes permite
justificar a cometer um ato criminoso, ou fazer o que for necessário para obter
aliados a acreditar nele através do qual possa obter um ou mais cúmplices
inconscientemente.
São duais, polarizados. Pensam
predominantemente nos padrões-de-dois, que é comumente referido como pensar em preto / branco, rico / pobre, forte / fraco,
inteligente / burro etc .
Uma cena no filme Tropa de elite 2, em especial, me chamou muita
atenção. Nos últimos minutos da película há uma reunião entre deputados e um
dos “mocinhos” da trama acusa o secretário geral de segurança de ser o pior de
todos os vilões da história e que continua intocável no poder.
Esse vilão então se levanta para se defender e a câmera do diretor fecha
um close de baixo para cima em seu tronco com uma parede verde do fundo da sala
onde há um crucifixo grande que realça sobre seu
ombro esquerdo.
Será muita pretensão da minha parte acreditar que o diretor do filme
nos chamou atenção para essa mensagem?
Não sei o que pensar ainda. Mas ela foi dada de todas as formas. Tenho
certeza que você que me acompanha verá muito mais que 90% dos espectadores
desse filme, que bate recordes de bilheteria no Brasil.
Você conhece, portanto assistirá o jogo como nunca visto antes na
história desse país...
Laura botelho
Rir é a melhor coisa!!!