"Made in China 2025"
É o título da campanha governamental chinesa, uma política industrial estatal que visa tornar a China dominante na manufatura global de alta tecnologia. É o plano de 10 anos do governo comunista Chinês para atualizar a base de manufatura de seu país, desenvolvendo rapidamente 10 indústrias de alta tecnologia.
O programa visa usar subsídios do governo, mobilizar empresas estatais e buscar a aquisição de propriedade intelectual para alcançar - e então superar - as proezas tecnológicas do Ocidente em indústrias avançadas.
As empresas chinesas, tanto privadas quanto apoiadas pelo Estado, foram incentivadas a investir em empresas estrangeiras, notadamente empresas de semicondutores, para obter acesso a tecnologia avançada.
Os principais são carros elétricos e outros veículos de energia nova, tecnologia da informação (TI) e telecomunicações de última geração, robótica avançada e inteligência artificial - tecnologia agrícola; Engenharia aeroespacial; novos materiais sintéticos; equipamento elétrico avançado; biomedicina emergente; infraestrutura ferroviária de ponta; e engenharia marítima de alta tecnologia.
O plano se concentra em campos de alta tecnologia, incluindo farmacêutico..
Algumas empresas que foram nomeadas como líderes das principais indústrias mundiais
1. Baidu (IA, veículos autônomos)
2. Sinopharm (medicamento)
3. Alibaba (comércio eletrônico)
4. Tencent (e-commerce)
5. Megvii (AI)
6. DJI (AI, drones)
7. BAIC (veículos de energia nova)
8. Geely (veículos de energia nova)
9. BYD (veículos de energia nova)
10. SMIC (semicondutores)
11. Huawei (semicondutores, telecomunicações e eletrônicos de consumo)
12. BBK Electronics (eletrônicos de consumo)
13. Xiaomi (eletrônicos de consumo)
14. Aviation Industry Corporation of China (aeroespacial)
15. CRRC (ferrovia)
Esses setores são centrais para a chamada quarta revolução industrial, que se refere à integração de big data, computação em nuvem e outras tecnologias emergentes nas cadeias de fornecimento de manufatura globais.
O objetivo final de Pequim é reduzir a dependência da China de tecnologia estrangeira e promover os fabricantes chineses de alta tecnologia no mercado global.
Como parte do 13º plano de 5 anos, a China pretende deixar de ser apenas a "fábrica do mundo", que produz bens baratos e de baixa tecnologia, facilitados por custos trabalhistas semi escrava.
Os objetivos do “Made in China 2025” incluem aumentar o conteúdo doméstico chinês de materiais essenciais para 40% até 2020 e 70% até 2025 - e até 2049 - o centésimo aniversário da República Popular da China - buscará uma posição dominante nos mercados globais. A China comprometeu-se a estimular o potencial de sua competitividade econômica e tecnológica para se tornar uma "potência industrial líder mundial".
Governante Partido Comunista Chinês (PCCh) tem buscado uma economia mista que combina planejamento socialista com elementos de iniciativa privada.
O valor das aquisições chinesas nos Estados Unidos atingiu o pico em 2016 em mais de US $ 45 bilhões.
Acordos de transferência cordialmente forçada.
As empresas estrangeiras reclamam que para investir ou fazer negócios na China, elas devem entrar em joint ventures com empresas chinesas sob termos que exigem que elas compartilhem propriedade intelectual sensível e know-how tecnológico avançado.
O Pentágono avisou em 2017 que o investimento estatal chinês em empresas norte-americanas que trabalham com software de reconhecimento facial, impressão 3-D, sistemas de realidade virtual e veículos autônomos são uma ameaça, porque esses produtos “confundiram os limites” entre as tecnologias civis e militares.
De forma mais ampla, os legisladores temem que o modelo estatal da China e sua ambição de controlar cadeias de abastecimento inteiras - por exemplo, a indústria do cobalto, que alimenta a maioria dos eletrônicos modernos - signifique que indústrias inteiras possam ficar sob o controle de um poder geopolítico rival.
Faz o que eu falo, mas não faz o que eu faço...
Enquanto isso, empresas sediadas nos Estados Unidos, Europa e outros lugares reclamam de uma assimetria na qual a China é livre para investir em países estrangeiros, mas as empresas estrangeiras que vendem e operam na China são altamente restringidas por requisitos de investimento e outras regulamentações.
Um relatório de 2012 do Comitê de Inteligência da Câmara americana declarou ameaças da Huawei e da ZTE à segurança nacional devido ao potencial de Pequim de usar suas redes para espionagem ou sabotagem, e o departamento de Comércio restringiu sua capacidade de vender seus produtos, contratar agências governamentais e outros operar nos Estados Unidos.
A Austrália é o segundo maior receptor de investimentos da China desde 2007, depois dos Estados Unidos.
A supervisão da Austrália sobre o investimento chinês se intensificou desde 2016, quando Canberra rejeitou as ofertas chinesas para comprar o agronegócio australiano e as operadoras de rede elétrica.
A Alemanha é outro caso importante, se tornou o principal destino de investimento da China na Europa. O envolvimento chinês em gigantes industriais alemães, incluindo a Daimler, que está desenvolvendo novas tecnologias de bateria, e Kuka, o maior produtor de robótica do país levou Berlim a pedir um órgão de revisão de investimentos em toda a União Europeia.
A França também aumentou as restrições ao investimento estrangeiro para impedir o que chama de “pilhagem” de tecnologias sensíveis. No entanto, muitos países europeus menores, como Grécia e Portugal, temem que a restrição de capital externo possa prejudicar seu crescimento econômico.
Uma instalação da Sinopharm (China National Pharmaceutical Group) em Pequim será capaz de produzir 120 milhões de doses por ano, enquanto outra instalação da Sinopharm em Wuhan será capaz de produzir 100 milhões de doses por ano, liderando o desenvolvimento de pelo menos 8 vacinas em diferentes estágios de testes clínicos.
Em uma atualização de outubro 2020, a Sinopharm disse que pode ter a capacidade de produzir mais de 1 bilhão de doses em 2021.
O Governador Doria de São Paulo/Brasil, lembrou que a parcerias específicas entre o Estado e grandes empresas chinesas, como a Sinovac, teve início em agosto de 2019. Mesma época em que o Governo de São Paulo inaugurou um escritório comercial em Xangai.
Humanos X robôs
Em Weihai, uma cidade de quase 3 milhões de habitantes no extremo leste da China está instalada a SNBC - uma companhia que fabricava caixas eletrônicos num país que trocou o papel-moeda por cartões em smartphones.
A SNBC, especializou-se na produção de armários automatizados para delivery em condomínios residenciais e edifícios corporativos - em 2019, foram entregues 60 bilhões de encomendas na China, país com o maior e-commerce do mundo,
A fábrica da SNBC em sua linha de produção de apenas 126 metros de extensão tem apenas 6 pessoas por turno na operação de 100 robôs e máquinas automatizadas que dobram, perfuram e cortam a laser chapas de metal para produzir os armários.
Para a maioria dos 80 humanos que trabalham nesse setor, restam tarefas como o manuseio de matéria-prima e a logística do chão de fábrica. Os compartimentos são acionados por código QR tanto por quem entrega o pacote quanto por quem o recebe.
Um Brasil em crise virou xepa e grande oportunidade para os chineses ampliarem seus negócios. Os Chineses planejam desembolsar neste ano mais US$ 20 bilhões na compra de ativos brasileiros - Brasil se transformou no segundo destino de investimentos chinês na área de infraestrutura no mundo, atrás apenas dos Estados Unidos.
Companhias chinesas estão de olho especialmente nos setores de energia, transportes e agronegócios brasileiros, como China Southern Power Grid, Huaneng, Huadian, Shanghai Eletric, SPIC e Guodian.
A State Grid, por exemplo, liderou os investimentos no ano passado, com a compra da CPFL; a China Three Gorges arrematou hidrelétricas que pertenciam à estatal Cesp e comprou ativos da Duke Energy; a China Communications Construction Company (CCCC) adquiriu a construtora Concremat; e a Pengxin comprou participação na empresa agrícola Fiagril e na Belagrícola.
Ou seja, um levantamento das consultorias AT Kearney e Dealogic, de 2015 até 2020, os chineses compraram 21 empresas brasileiras, que somaram US$ 21 bilhões.
Vários negócios em andamento poderão ser ainda concluídos, como o da Companhia Shanghai Electric, que estuda assumir projetos de transmissão da Eletrosul, cujos investimentos somam R$ 3,3 bilhões.
Como vemos, o mundo será “feito pela China”. Um planeta nas mãos de comunistas, tudo criteriosamente previsto muito, muito antes de eu nascer (1960). Nada que os livros e filmes antigos não tenham nos avisado.
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Blade Runner 1982
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Ridley Scott expos grandes caracteres de neon de ideogramas chineses no
filme Blade Runner, (passado no ano 2019), retratando uma influência chinesa em
toda cidade de Los Angeles. Será que todos sabiam que isso iria acontecer
inevitavelmente? Já estava na Agenda? laura botelho
Boa película curta e farta de informação. Assista ates que tirem do ar