2 de jun. de 2017

Como saberemos quando uma civilização está colapsando?


Já postei esse texto antes, mas vale a pena ver de novo. Precisamos entender o processo e agir, pois o tempo está se esgotando...

Universo 25 – a grande extinção programada
A obra - “Universo 25” - é do etólogo John B. Calhoun. Um  estudo científico com animais que passou a ser usado como modelo para entender o colapso de uma sociedade.

Seu estudo tornou-se a pedra fundamental da sociologia urbana e psicologia de uma maneira geral. Ele mediu o stress, agressividade, competitividade e desconforto geral de um grupo, uma analogia para o comportamento humano.

O ambiente foi criado em uma caixa gigante - um “mundo” projetado para ser uma utopia mamífera – com um deus que os espiassem 24h por dia. Um desejo alimentado por 90% dos Seres humanos.

Nesse mundo os recursos eram ilimitados; comida e água reabastecida a todo momento para suportar qualquer aumento da população, bem como a proteção contra predadores e controle sobre qualquer “doença”. 

Um paraíso perfeito para aqueles que não fazem uso do NEOCORTEX (nova casca)...

Esse estudo não previa tão somente a duplicação dos seres (superpopulação), no sentido físico - indivíduos por unidade “metro quadrado” – mas, e precisamente, a observação quanto ao grau de interação social dos indivíduos em um ambiente populacional esmagador.

Esse "mundo" começou com apenas 8 ratos - 4 machos e 4 fêmeas – na caixa. Deus então deu inicio a nova “Terra”, mas em menos de dois anos os ratos tinham criado seu próprio apocalipse.

Em apenas 560 dias a população de ratos atingiu 2.200 camundongos, e posteriormente, exibiu uma variedade de comportamentos, muitas vezes destrutivos e anormais; experimentando sua própria extinção.

Dr. Calhoun marcou a evolução do "Universo 25" através se algumas fases nítidas:

Fase A - período inicial de adaptação ao ambiente,
Fase B - período de crescimento exponencial entre a população de indivíduos
Fase C - período final do crescimento entre a população de ratos
e, finalmente
Fase D – declínio e extinção da população

Fases A e B exibiram as circunstâncias para a Fase C – tornando visivelmente o ambiente em um inferno.

Com a população de ratos aumentando, a disponibilidade de papéis sociais significativos diminuiu consideravelmente, fazendo com que os machos infelizes e solitários se transformassem em indivíduos socialmente rejeitados.

"Indígenas" no Congresso Nacional 
Apesar da ausência de ataques territoriais dos machos dominantes a violência eclodiu entre grupos de camundongos sem rumo, sem definição clara no contexto social, tanto que os machos dominantes perderam a capacidade de defender as fêmeas de ataques de indivíduos aleatórios.

Estas erupções de comportamentos violentos levaram ao aumento drástico nas invasões aos ninhos e, consequentemente, a mortalidade infantil acelerou. A mortalidade infantil era 96% mais alta do que a mortalidade entre os grupos mais desorientados na população.

Até o início da Fase D não havia mais jovens e os sobreviventes restantes eram incapazes de conceber vida ou estavam despojados de qualquer desejo de reprodução (não faziam mais sexo. Isso te lembra alguma coisa?).

Os poucos ratos sobreviventes nascidos durante o tumulto da Fase C experimentaram golpes ensurdecedores de suas habilidades para realizar interações sociais normais, tais como; "o namoro, cuidados maternos, defesa territorial".

Entre os machos os distúrbios de comportamento variavam de desvio sexual (homossexualidade) ao canibalismo, e hiperatividade frenética; uma estratégia patológica da qual os indivíduos saíam para beber, se alimentar e se movimentar somente à noite, quando outros membros da comunidade dormiam.

Ratos individualmente raramente comiam, exceto na companhia de outros ratos... (nos bandejões da vida)

Os poucos espaços isolados abrigavam uma população que o pesquisador chamou de "as bonitas." Geralmente guardado por um macho dominante – as ratas no interior desse espaço não faziam sexo ou lutavam ou faziam qualquer coisa - apenas comiam e dormiam e ganhavam peso.

Quando a população começou a diminuir “as bonitas” foram poupadas da violência e da morte, mas tinham perdido completamente o contato com os comportamentos sociais, incluindo o de ter relações sexuais ou o cuidar de seus filhotes.

Essa autodestruição foi atribuída ao congestionamento físico do ambiente. Um diagnóstico agora confirmado com experimentos científicos com “outros animais” quando colocados em quartos igualmente congestionados.

Sejam cães, gatos, pássaros, ou que for - eles apresentam os mesmos sintomas de stress, alienação, hostilidade, perversão sexual, incompetência parental e violência irracional.

"The Behavioral Sink". 
Se a fome não matar todo mundo, as pessoas se autodestroem”. Foi a conclusão desse estudo. Ele caracterizou o colapso social como uma "morte espiritual" indicando que a morte do corpo é apenas a "segunda morte".

Estamos repetindo o modelo do Universo 25? Não tenho duvidas.

Como tenho escrito aqui nos últimos meses, estamos descendo o ralo e cada vez mais rápido. Isso implica que cada um de nós está num processo de transição de informação. Uns percebem as mudanças mais nitidamente, outros não tem uma visão clara do que está acontecendo, mas entendem que elas estão acontecendo. 
Já outros... infelizmente nada podemos fazer.

Explicar para a criança de quatro anos que papai Noel não existe é covardia. Ela foi enganada desde então, e tentar mudar sua realidade sem que ela tenha condições de entender o “porque da mentira”... não acelera seu processo de amadurecimento. Ela terá seu tempo e um dia ela descobre como todas as outras crianças a farsa de papai e mamãe.

Fomos enganados por milênios e continuamos sendo iludidos dia após dia. Mas muitos já cresceram também e não temem mais o que tia Laura está dizendo, certo? (é o que espero).

A morte que estamos presenciando é espiritual. Ela se dá por falta de informação, de conhecimento sobre a nossa natureza, nossa real identidade. Muitos acreditam que a morte física é o fim da missão, quando não é.  Ainda há muito que aprender.

Essa dimensão a que estamos experimentando hoje é extremamente limitada, apertada, sufocante. Há outras dimensões maiores, arejadas e expansivas que vamos experimentar também.

Estamos na “fase D” do processo.
O que observamos a cada instante é que estão nos preparando para esse pulo “dimensional”. Estão nos avisando - de maneira torpe - que vamos sofrer um abalo significativo e será inevitável. Já aconteceu antes com muitas civilizações, portanto, vai acontecer de novo, prepare-se.

laura botelho

Paul Martin Laurence Weston (1965) é um político britânico de extrema-direita, presidente da Liberty GB. Ativista e blogueiro , Weston quando entrevistado em 2010 como membro da UKIP, descreveu-se como um "conservador natural" e descreveu a imigração como "limpeza étnica do inglês".