12 de abr. de 2019

A verdade pode assustar... mas desperta


“Feriado de Tiradentes”...  que diabos é isso?

As instituições educacionais sempre tiveram como meta “programar” as mentes das inocentes crianças, dos jovens das gerações seguintes. E como fazem isso? Criam mitos, heróis e fatos que nunca existiram, ou não da maneira que deveriam ser analisadas.

Quem é esse tal “Tiradentes” que só é lembrado porque é “tema” de um feriado em abril – um personagem que dizem ter sido um “herói” que “lutou” pela independência do Brasil?
 
Orla de Aracaju - Sergipe
As “tias” já programadas a repetir essa lenga, lenga de todos os anos, desde que inventaram os feriados, passa a tortura de um trabalho (para fazer em casa) de corte/recorte com imagens “de um pobre coitado” que não é o tal Tiradentes, somando a isso um clipping de informações falsas para apresentar em sala de aula para tirar uma boa “nota” - que mantenha esse programa ad infinitum

Espero ansiosa o dia que apareça um “Mestre” que demonstre a inconsistência desse e de outros tantos factoides brasileiros, e mundiais, interrompendo esse transe o mais rápido possível.

Quando te apresentam um quadro com a face do tal “Tiradentes”, ele te lembra quem? Pois é... se você pensou em outro fake da história humana de nome “jesus”, foi essa a intenção do grupo manipulador de crenças.

Joaquim Norberto de Souza e Silva, autor da “História da Conjuração Mineira” (1873), ressaltava o fervor religioso ao personagem nos últimos momentos de sua vida, aproximando-o à figura de Cristo.

Na historiografia, os revisores que nunca são enaltecidos e premiados, nos revelam a real “face” do tal Tiradentes, ou o mais celebrado “inconfidente” do Brasil.

O historiador Clério José Borges de Sabt Anna nos conta que Joaquim da Silva Xavier foi escolhido a dedo para ser o “herói” da inconfidência mineira (1789) como uma grande luta para a libertação do Brasil das mãos da coroa Portuguesa


Kenneth Maxwell, autor de "A devassa da devassa" (2ª ed. 1978.) é um historiador inglês que diz que: a conspiração dos mineiros foi basicamente, um movimento de oligarquias, usando o povo como massa de manobra invocando não a independência do Brasil, mas a das Minas Gerais, para resguardar o quinto do ouro das Minas, que era enviado à Portugal.

Oligarquia - do grego oligoi, (poucos), e arche, (governo) significa, literalmente, governo de poucos.

Como um simples alferes (o equivalente a tenente, hoje) lideraria coronéis, brigadeiros, padres e desembargadores promovendo um levante nacional?

Tiradentes se destacou no panteão maçônico, tornando-se patrono da Academia Maçônica de Letras. Mas por que esse mineiro poderia representar a maçonaria e por que os Maçons levariam a forca alguém da Fraternidade?

Tiradentes nasceu na Vila de São Jose Del Rei em 1746, mas foi criado na cidade de Vila Rica (atual Ouro Preto). Era alferes, patente de oficial abaixo de tenente, que participou da tentativa de derrubar o governo português, com dois coronéis, Domingos de Abreu Vieira e Francisco Antônio de Oliveira Lopes, e dois poetas famosos, Cláudio Manuel da Costa e Tomás Antônio Gonzaga.

Tiradentes foi um homem bem apessoado, falante e eloquente que vivia andando pelos bordéis de Ouro Preto prometendo às prostitutas cargos de Ministro na república mineira que ele pretendia criar. Ninguém o levava a sério. E essa foi uma de suas teses nos Autos de Devassa da Inconfidência Mineira.

“(…) tanto assim, que em uma ocasião, segundo o seu parecer depois das prisões, o médico Belo, falando-se nas ditas prisões, dissera em sua casa, que o dito Alferes era tão louco, que até pelas tavernas andava falando em República e liberdade de Minas”. (Autos, p.409-410, V. 5)

Tiradentes não era pobre, mas um homem de posses, tinha uma enorme fazenda bem como várias outras fazendas no Estado de Minas Gerais. Possuía escravos e era contra a abolição da escravidão.

Em um processo judicial, o herói Nacional, antes de ser condenado por alta traição – agiu de forma vil, enganando uma viúva e deflorando a filha dela (coisa grave para época). Conforme o Processo, Tiradentes doou (de boca) para família da moça deflorada uma escrava para poder compensar “o dano causado”, mas a escrava foi confiscada posteriormente por causa da alta traição cometida a coroa.

Tiradentes foi capturado pela polícia e preso em uma cela por mais de 3 anos, de forma INCOMUNICÁVEL. Não podia ser visto, ouvido, reconhecido por ninguém nesses 3 anos.

O Alferes, Joaquim José da Silva Xavier, nunca possuiu cabelos compridos, nem barba. Primeiro por ser um militar, segundo que em seu período na prisão os pelos eram cortados a fim de evitar piolhos, ou mesmo no momento de sua execução - todos os condenados à forca deveriam ter a cabeça e a barba raspadas.

21 de abril de 1792.
Marcos Antônio Correa um historiador carioca defendeu que a “inconfidência” nunca existiu, tão pouco o indivíduo, Joaquim José da Silva Xavier foi enforcado.

Ele começou a suspeitar disso quando viu uma lista de presença da Assembleia Nacional francesa de 1793, onde constava a assinatura de Joaquim José da Silva Xavier, cujo estudo grafotécnico permitiu concluir que se tratava da assinatura de “Tiradentes”.

Segundo Marcos Correa, um jovem ladrão, também condenado a forca, morreu no lugar de Tiradentes, em troca da ajuda financeira à sua família, oferecida pela maçonaria. Testemunhas da morte de Tiradentes se diziam surpresas, porque o executado aparentava ter menos de 45 anos.

O historiador Correa acredita que Tiradentes teria sido resgatado pelo poeta Cruz e Silva (maçom, amigo dos inconfidentes e um dos juízes da Devassa) e embarcado incógnito para Lisboa em agosto de 1792.

O que confirma o dito por Martim Francisco (irmão de José Bonifácio de Andrada e Silva): que não fora Tiradentes quem morrera enforcado, mas outra pessoa, e que, após o esquartejamento do cadáver, desapareceram com a cabeça, para que não se pudesse identificar o corpo.

A construção do mito de Tiradentes pelos 
republicanos no final do século

A partir de 15 de novembro de 1889, houve um trabalho significativo por parte do governo republicano nacional para transformar Tiradentes em herói nacional.


Os novos governantes - Marechal Deodoro e Marechal Floriano - necessitavam criar um novo país, com novos valores, novas ideias e, especialmente, uma nova história em que todas as pessoas deveriam se orgulhar e se submeter.

A imagem cabeluda se construiu para se assemelhar a figura de Jesus Cristo, aumentando seu tom de mártir, vítima e herói bondoso, associando ao inconsciente popular a forma como o cristo deu a vida pela humanidade.

Os republicanos tinham como meta substituir todas as figuras monárquicas por criações fakes – uma maneira de distrair e controlar a massa - como fazem até os dias de hoje.

A história de Tiradentes passou a ser promovida pela imprensa com o crescimento do movimento republicano a partir da instalação da própria República. A menção ao herói da inconfidência passou a ser incluída em artigos, ensaios e “articuladamente” publicados no momento da celebração da morte do herói, em “21 de abril” - tornando o personagem ainda mais popular da história brasileira...

Esses grupos manipulam a maneira como percebemos a realidade por milênios. Mas essa técnica não faz mais tanto efeito nos dias hoje, como antes, a partir da intervenção da teia Global de informação – a WEB.

Ser ignorante hoje é um estilo de vida, uma escolha individual e patente de quem precisa e necessita ser enganado, para manter suas convicções acima de qualquer discussão sensata.

Entender como "eles" controlam nossa percepção é fundamental para a nossa liberdade de escolha para seguir nossa evolução.

Lembrando que dia 27 (sábado) de abril de 2019 farei PALESTRA no bairro Itaim Bibi em São Paulo - das 8:30h às 17h - para explorarmos esse assunto com dados e fatos científicos. 

 "Dos Aliens ao Cancro" - tudo fará sentido...


laura botelho


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