22 de set. de 2020

Jouhatsu - "os evaporados" ou falsa morte.

 

"Existem duas histórias: história oficial, falsa e história secreta, 
onde você encontra as verdadeiras causas dos eventos
 Honoré de Balzac
 

Em todo o mundo, dos Estados Unidos à Alemanha ou Reino Unido, diversas pessoas decidem desaparecer sem deixar rastros, abandonando suas casas, empregos e famílias para começar outra vida.

O Japão tem uma das segundas taxas de prevalência de suicídio mais altas entre pessoas de 22 a 44 anos. Por que isso?

Jouhatsu (japonês)
O termo significa "evaporação", mas também se refere a pessoas que desaparecem propositalmente e escondem seu paradeiro, por anos ou às vezes até décadas.

Alguém atormentado pela vergonha de um emprego perdido, casamento fracassado ou dívidas crescentes, muitos cidadãos japoneses deixaram para trás suas identidades formais para buscar refúgio no mundo anônimo e fora da rede.

As pessoas não desaparecem fisicamente - a "evaporação" é mais um desaparecimento administrativo. Semelhante aos do Programa de Proteção a Testemunhas nos EUA – cria-se uma nova identidade.

Todos os anos, quase 100 mil japoneses desaparecem sem deixar vestígios. Conhecidos como johatsu, ou “evaporados”, eles geralmente são movidos pela vergonha e pela desesperança, deixando para trás empregos perdidos, famílias decepcionadas e dívidas crescentes.

A “evaporação” pelo menos poupa os entes queridos dos custos debilitantes do suicídio.

Além de assumir as dívidas de um suicida, os parentes também podem ser atingidos por caras taxas de limpeza, como as cobradas pela gerência de um prédio em que uma pessoa se suicida ou pula.

Os plebeus no Japão da era Edo (século 17 a meados do século 19) Havia uma classe que se traduzia como "não gente".

Isso incluía atores mambembes e prostitutas, manipuladores de macacos e pessoas que haviam abandonado suas aldeias natais sem permissão.

Um “Hinin” (não gente) não era contado nos censos. Eles não tinham permissão legal para se casar ou ter filhos - e se tivessem, esses filhos oficialmente não existiam.

As agências de inteligência ocidentais já praticavam esse processo de “evaporação” desde a segunda guerra. Existem muitas empresas no Japão só para essa finalidade – evaporar alguém.

Empresas como a TS todos os dias recebem de cinco a dez consultas.

Uma equipe inteira trabalha no desaparecimento de um cliente, varrendo rapidamente um apartamento na calada da noite.

No TS, custa entre ¥ 50.000 ($ 450) e ¥ 300.000 ($ 2.600), dependendo da quantidade de bens com que alguém quer fugir, a que distância está indo e se a mudança precisa acontecer sob o manto da escuridão.

Vítimas de violência doméstica representam cerca de 20% da carga de trabalho do TS.

"Pessoas realmente duras mantêm a boca fechada", diz Show Hatori, experiente yonigeya e autor do livro The Yonigeya _ Se você quiser fugir, deixe comigo

No Japão, o "yonigeya", ou "arranjadores noturnos", ajudam os desesperados e sitiados a escapar de agiotas e mafiosos, dívidas, fuga de cultos religiosos, perseguidores ou empregadores opressores.

Esses artistas de fuga - Yonigeya - são parte detetives, parte psiquiatras - ganham até $ A34.000 por trabalho, dependendo da distância, risco e complexidade. Levar filhos ou fugir dos cobradores de dívidas pode elevar os preços.

A maioria das pessoas simplesmente precisa de aconselhamento ou aconselhamento jurídico, mas a empresa afirma ajudar entre 100 e 150 pessoas a desaparecer anualmente.

O ideal é que o cliente fique sozinho, leve apenas uma pequena bolsa e deixe para trás seus cartões de crédito, carteira de habilitação e outros documentos de identificação.

A maioria dos yonigeya tem acesso a uma rede de aluguéis, telefones celulares e veículos registrados com diferentes nomes.

Quando perguntamos para onde você quer ir, eles dizem 'Não sei, só quero mudar a mim mesmo. Eu não pertenço aqui”. Estão procurando um novo lugar, um novo mundo.

De acordo com um relatório oficial do governo japonês, de outubro de 2016, mais de 20% das empresas japonesas disseram que seus funcionários trabalhavam mais de 80 horas extras por mês

Essas condições perpetuaram o conhecido fenômeno de karoshi ou "morte por excesso de trabalho" (oficialmente, há cerca de 200 casos de karoshi a cada ano, mas um especialista estima que o número real pode ultrapassar 10.000.)

Nessa cultura onde sair de uma empresa é considerado vergonhoso - desaparecer é uma alternativa atraente, diz Jake Adelstein, um jornalista veterano que vive no Japão:

Melhor desaparecido do que mortoDiante da escolha de suicídio, trabalhar até a morte ou simplesmente desaparecer e recomeçar a vida, desaparecer parece uma opção melhor ", diz ele à TIME,". "



Dito isso... vamos aos casos que a gente já conhece – A história “oficial” mentirosa, para os livros da escola...

Elvis Presley tinha o equivalente a US$ 5 milhões de dólares no ano em que “evaporou”. O valor, corrigido com a inflação, equivaleria a US$ 20 milhões atualmente.

Cadê todo seu dinheiro de anos de trabalho?

Se você pensar que o ex-presidente do Peru - Alejandro Toledo – recebeu cerca de 20 milhões de dólares para facilitar a aprovação da construção da rodovia Transoceânica, que liga o Norte do Brasil à Costa peruana pela Odebrecht ... é ridículo! 

Elvis morreu com dinheiro de gorjeta!?

Lisa Presley - única filha de Elvis Presley - se relacionou com Michael Jackson em uma fase difícil de sua vida, justamente quando as acusações de pedofilia surgiram, em 1993.

Michael comprou os direitos autorais das músicas de Elvis Presley...  alguém pegou essa grana. Quem foi?

Um dia depois da “evaporação” de Michael, Lisa Presley publicou uma carta aberta em que ela revelou:

"Anos atrás eu e Michael estávamos tendo uma conversa profunda sobre a vida em geral. Eu não lembro do que estávamos falando exatamente, mas ele pode ter me perguntado sobre as circunstâncias da morte do meu pai".

"Em um momento ele parou, me encarou muito intensamente e me disse com uma certeza quase calma: "Penso que vou acabar como seu pai, da maneira que ele se foi".

Michael Jackson morreu aos 50 anos cheio de dívidas, em 2009, mas lidera o ranking de celebridades que mais faturaram após a “evaporação”. Esteve em todas as listas da Forbes desde 2013 e acumulou um patrimônio calculado em US$ 825 milhões após a venda parcial do catálogo dos Beatles, em 2016.

Você não vê muita coincidência nisso tudo? 

Motivos para “evaporarem” tinham de sobra. Tanto Elvis quanto Michael eram pedófilos e tinham diversos problemas emocionais e físicos que se agravavam com a idade. Já fizeram o que tinham que fazer. Chegaram aonde podiam antes dos 50 anos.

O problema da notoriedade – ser uma figura pública – é que as pessoas são personagens até seus últimos dias. Nunca poderão ser quem realmente são. Andar nas ruas, beber num boteco, andar na praia, e fazer compras em qualquer lugar e gastar aquilo que ganharam!

Pense bem... “evaporar’ seria a única solução... e foi o que eles fizeram.

Veja isso antes que tirem do ar.

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