28 de set. de 2020

Colapsologia - o estudo do colapso das sociedades

 

As borboletas estão voltando e impedindo
as lagartas de comerem as folhas?

 

Nossos cérebros não estão preparados para lidar facilmente com ameaças de longo prazo. Eles são projetados para respostas imediatas de luta ou fuga.

Quando estamos estressados, sem uma ameaça aparente, nosso cérebro mesmo assim injeta hormônios necessários para a resposta (suposta ameaça) do ambiente. Se essa energia derramada em nossa corrente sanguínea não for usada proporcionalmente a necessidade de uma fuga ou luta... um sintoma se fará presente para nos alertar que estamos em perigo INTERNO



"COLAPSOLOGIA"

Adverte sobre o possível colapso de nossas sociedades como as conhecemos. No ensaio dos franceses Pablo Servigne e Raphaël Stevens (2015): Comment tout peut s'effondrer: petit manuel de collapsologie à l'usage des générations pré sentes - Como tudo pode desabar: Um manual para nossos tempos” - criaram um neologismo, essa expressão - "colapsologia" – unindo duas palavras ‘colapso” + ‘logia” = estudo do colapso da civilização moderna (industrial)


Será muito cedo para dizer se é tarde demais?
A negação é um mecanismo de defesa, não conseguimos acreditar na possibilidade de um colapso antes que isso aconteça. Não poderemos evitá-lo, mas podemos nos preparar para ele.

Em 2006, economistas simularam a epidemia de gripe espanhola de 1918 para determinar qual poderia ser seu impacto contemporâneo na economia global naquela época. Eles concluíram uma queda geral de 12,6% no PIB global. A gripe espanhola de 1918 durou pouco mais de dois anos com uma população mundial estimada em apenas 1,8 bilhão de pessoas.

A estimativa recente do Banco Mundial para o impacto da Covid em 2020 com mais de 7 bilhões de pessoas foi de apenas 5,2%... alguém não está nos dando as informações que precisamos.

O estudo do colapso das sociedades é muito mais antigo, baseado na preocupação cotidiana de todas as civilizações - fácil de encontrar esses artigos.

Os colapsologistas acreditam que o colapso da civilização industrial pode ser o resultado de uma combinação de diferentes crises: crise ambiental, energética, econômica, geopolítica, democrática, de saúde e outras.

Numa época em que todos no planeta estão ligados a um aparelho que nos orienta “como” devemos comer, “onde” devemos ir, “quando” devemos nos mexer, redes globais permitem que o efeito borboleta se propague e se ampliem muito mais rapidamente.... é possível observar claramente que se esse “mundo” ficar ‘mudo’ o mundo de muita gente ‘colapsa’, certo? Não precisa ser um profeta do apocalipse...

Mas alguns “mundos” estão se preparando para esse momento.

Países escandinavos (leia-se arianos) há anos estão botando em prática uma nova visão de consumo e se preparando para o impactoNa Suécia, por exemplo, existe a expressão Köpskam – que significa ter vergonha de comprar roupas ou fazer compras. 

Perceba que eles estão anos luz na frente e já se PROGRAMARAM para um evento totalmente previsível. Crianças nas escolas são ensinadas a concertar seus brinquedos, rever seus sapatos, costurar, usar ferramentas para caça e pesca e sobrevivência...

Na Alemanha, crianças frequentam uma escola que funciona ao ar livre e os brinquedos são ferramentas, como facas e fogo. 

São mais de mil em toda a Alemanha conhecidas como WildKinderGarten, uma espécie de “jardim da infância na floresta”. Seja na neve, no calor, na chuva, as crianças e os professores estão sempre ao ar livre. 

Aqui no Brasil há a pedagogia Waldorf, que atua com esse princípio. Pesquise.

Um professor de jardim de infância em uma escola italiana, que tem a mesma proposta, diz que a natureza é uma grande professora, porque estimula a criatividade e encoraja a fazer perguntas. Afinal, o papel da escola deveria ser estimular perguntas, e não dar respostas.

Mas sabemos que muitas perguntas não devem ser respondidas, pois isso gera mudanças de comportamento - tudo que os SENHORES DO TEMPO não querem.

Essas escolas não preparam o aluno para o mercado de trabalho, mas para a vida e a compreensão das suas emoções. Segundo o professor, se uma criança não sabe como controlar a raiva e a ansiedade, dificilmente ela conseguirá êxitos e alegrias em sua vida.

Eu diria mais; essa nova geração precisa aprender a respeitar o grupo, pois quando as coisas ficarem ‘fora de controle”, o êxito da boa sobrevivência será a cooperação, união de grupos afins.


A colapsologia desempenha um papel na conscientização da necessidade de adoção de um novo modelo. A tão alardeada e esperada expressão de “recuperação”, implicaria um retorno a como as coisas eram... isso nunca acontecerá.

Seria sábio a qualquer humano evoluído, projetar uma nova direção que a civilização tomará. Nos próximos anos iremos nos lembrar que COVID-19 foi apenas o relâmpago antes do trovão...

Países que aceitaram tecnologias de rastreamento de contato serão capazes de isolar bolsões de exposição por meio de quarentenas estritas e controle de movimentos evitando grupos 'rebeldes'. Lembre-se disso.

Várias grandes empresas já estão entrando em colapso. Indústrias de imóveis comerciais sofrerão enormes reduções em prédios de escritórios e shopping centers, companhias aéreas e aeroportos. Fora o fato que o petróleo não faz mais caldo como antigamente.

À medida que grandes empregadores (e os estados ou províncias que dependem de suas receitas fiscais) entram em colapso, os governos podem cair.

Com o comércio EUA-China em queda acentuada, uma fragmentação da ordem monetária global é uma possibilidade para a qual todos os países devem se preparar.

A pandemia, a taxa de desemprego e os movimentos pelos direitos civis estão afetando essas sociedades já frágeis. Lembra da mensagem dos 'Cavaleiros do Apocalipse' ? - pestilência, guerra e fome tendem a se seguir mutuamente. 

Nenhum país pode contornar questões globais, incluindo crise de refugiados, mudança climática e pandemia como esta. O desemprego e a instabilidade social podem levar a guerras locais e conflitos geopolíticos

A pior desordem social desde o fim da Segunda Guerra Mundial pode estar ocorrendo, mas sua TV não está lhe mostrando...


De forma mais ampla - se e quando - as restrições pandêmicas à mobilidade trans-fronteiriça desaparecerem - milhões de outras pessoas buscarão escapar das geografias da “zona vermelha” sem cuidados de saúde para se alojar nas “zonas verdes” com melhores cuidados médicos, comida e segurança.

Dentro dos países, a fuga de megalópoles para áreas provinciais mais acessíveis provavelmente se acelerará.

Devemos nos preparar para biorregiões resilientes em pequena escala de apenas alguns milhares de habitantes”, disse Yves Cochet - político francês, membro da Europe Écologie – The Greens

Comunidades hippies surgiram nas décadas de 1970 e 1980 para escapar de um inverno nuclear iminente. Nada aconteceu de tão sério que essa ideia fosse adiante – ao contrário – foi ridicularizada. Mas teremos que rever esse comportamento cedo ou tarde.

O colapso da União Soviética na década de 1990, durante o qual o alcoolismo, homicídio e suicídio de adultos levaram a um declínio maciço na expectativa de vida russa, nos faz alertar para a necessidade de criar uma cultura “positiva” para um próximo colapso.

“Em 2035, a República Francesa, a União Europeia, não existirá”.

“L'Effondrement” – é uma série TV francesa estreada em novembro 2019. Todos os oito episódios duram entre 15 e 20 minutos, com poucos personagens e histórias narradas em um único take estendido.

As histórias se desenrolaram alguns dias depois de uma misteriosa crise da qual não é mencionada, apenas sentida pela população.

Em questão de dias o mundo ficou sem gasolina, sem comida, sem eletricidade que fez com que a França - onde passa a narrativa - (e provavelmente o mundo inteiro) desabasse, mostrando a escalada de horror substituído primeiro pelo “salvem-se” e, finalmente, pela barbárie...

Você me perguntaria: Laura você é uma colapsóloga?

Eu diria com certeza - Sim - sou estudiosa de comportamento humano, lembra?

 

A maioria vê MEDO nas informações e entra no modo negacionista - desejando sua vidinha de antes. Mas há um grupo menor e mais atento que verá apenas mudanças, novas formas de pensar e agir que saberão colher os frutos dessa e de tantas outras informações que deixo aqui.

 

Lembre-se: medo gera hormônios para a preparação fuga ou luta.

Se ficar parado, meu amigo... vai ficar doente. Mexa-se!

laura botelho


22 de set. de 2020

Jouhatsu - "os evaporados" ou falsa morte.

 

"Existem duas histórias: história oficial, falsa e história secreta, 
onde você encontra as verdadeiras causas dos eventos
 Honoré de Balzac
 

Em todo o mundo, dos Estados Unidos à Alemanha ou Reino Unido, diversas pessoas decidem desaparecer sem deixar rastros, abandonando suas casas, empregos e famílias para começar outra vida.

O Japão tem uma das segundas taxas de prevalência de suicídio mais altas entre pessoas de 22 a 44 anos. Por que isso?

Jouhatsu (japonês)
O termo significa "evaporação", mas também se refere a pessoas que desaparecem propositalmente e escondem seu paradeiro, por anos ou às vezes até décadas.

Alguém atormentado pela vergonha de um emprego perdido, casamento fracassado ou dívidas crescentes, muitos cidadãos japoneses deixaram para trás suas identidades formais para buscar refúgio no mundo anônimo e fora da rede.

As pessoas não desaparecem fisicamente - a "evaporação" é mais um desaparecimento administrativo. Semelhante aos do Programa de Proteção a Testemunhas nos EUA – cria-se uma nova identidade.

Todos os anos, quase 100 mil japoneses desaparecem sem deixar vestígios. Conhecidos como johatsu, ou “evaporados”, eles geralmente são movidos pela vergonha e pela desesperança, deixando para trás empregos perdidos, famílias decepcionadas e dívidas crescentes.

A “evaporação” pelo menos poupa os entes queridos dos custos debilitantes do suicídio.

Além de assumir as dívidas de um suicida, os parentes também podem ser atingidos por caras taxas de limpeza, como as cobradas pela gerência de um prédio em que uma pessoa se suicida ou pula.

Os plebeus no Japão da era Edo (século 17 a meados do século 19) Havia uma classe que se traduzia como "não gente".

Isso incluía atores mambembes e prostitutas, manipuladores de macacos e pessoas que haviam abandonado suas aldeias natais sem permissão.

Um “Hinin” (não gente) não era contado nos censos. Eles não tinham permissão legal para se casar ou ter filhos - e se tivessem, esses filhos oficialmente não existiam.

As agências de inteligência ocidentais já praticavam esse processo de “evaporação” desde a segunda guerra. Existem muitas empresas no Japão só para essa finalidade – evaporar alguém.

Empresas como a TS todos os dias recebem de cinco a dez consultas.

Uma equipe inteira trabalha no desaparecimento de um cliente, varrendo rapidamente um apartamento na calada da noite.

No TS, custa entre ¥ 50.000 ($ 450) e ¥ 300.000 ($ 2.600), dependendo da quantidade de bens com que alguém quer fugir, a que distância está indo e se a mudança precisa acontecer sob o manto da escuridão.

Vítimas de violência doméstica representam cerca de 20% da carga de trabalho do TS.

"Pessoas realmente duras mantêm a boca fechada", diz Show Hatori, experiente yonigeya e autor do livro The Yonigeya _ Se você quiser fugir, deixe comigo

No Japão, o "yonigeya", ou "arranjadores noturnos", ajudam os desesperados e sitiados a escapar de agiotas e mafiosos, dívidas, fuga de cultos religiosos, perseguidores ou empregadores opressores.

Esses artistas de fuga - Yonigeya - são parte detetives, parte psiquiatras - ganham até $ A34.000 por trabalho, dependendo da distância, risco e complexidade. Levar filhos ou fugir dos cobradores de dívidas pode elevar os preços.

A maioria das pessoas simplesmente precisa de aconselhamento ou aconselhamento jurídico, mas a empresa afirma ajudar entre 100 e 150 pessoas a desaparecer anualmente.

O ideal é que o cliente fique sozinho, leve apenas uma pequena bolsa e deixe para trás seus cartões de crédito, carteira de habilitação e outros documentos de identificação.

A maioria dos yonigeya tem acesso a uma rede de aluguéis, telefones celulares e veículos registrados com diferentes nomes.

Quando perguntamos para onde você quer ir, eles dizem 'Não sei, só quero mudar a mim mesmo. Eu não pertenço aqui”. Estão procurando um novo lugar, um novo mundo.

De acordo com um relatório oficial do governo japonês, de outubro de 2016, mais de 20% das empresas japonesas disseram que seus funcionários trabalhavam mais de 80 horas extras por mês

Essas condições perpetuaram o conhecido fenômeno de karoshi ou "morte por excesso de trabalho" (oficialmente, há cerca de 200 casos de karoshi a cada ano, mas um especialista estima que o número real pode ultrapassar 10.000.)

Nessa cultura onde sair de uma empresa é considerado vergonhoso - desaparecer é uma alternativa atraente, diz Jake Adelstein, um jornalista veterano que vive no Japão:

Melhor desaparecido do que mortoDiante da escolha de suicídio, trabalhar até a morte ou simplesmente desaparecer e recomeçar a vida, desaparecer parece uma opção melhor ", diz ele à TIME,". "



Dito isso... vamos aos casos que a gente já conhece – A história “oficial” mentirosa, para os livros da escola...

Elvis Presley tinha o equivalente a US$ 5 milhões de dólares no ano em que “evaporou”. O valor, corrigido com a inflação, equivaleria a US$ 20 milhões atualmente.

Cadê todo seu dinheiro de anos de trabalho?

Se você pensar que o ex-presidente do Peru - Alejandro Toledo – recebeu cerca de 20 milhões de dólares para facilitar a aprovação da construção da rodovia Transoceânica, que liga o Norte do Brasil à Costa peruana pela Odebrecht ... é ridículo! 

Elvis morreu com dinheiro de gorjeta!?

Lisa Presley - única filha de Elvis Presley - se relacionou com Michael Jackson em uma fase difícil de sua vida, justamente quando as acusações de pedofilia surgiram, em 1993.

Michael comprou os direitos autorais das músicas de Elvis Presley...  alguém pegou essa grana. Quem foi?

Um dia depois da “evaporação” de Michael, Lisa Presley publicou uma carta aberta em que ela revelou:

"Anos atrás eu e Michael estávamos tendo uma conversa profunda sobre a vida em geral. Eu não lembro do que estávamos falando exatamente, mas ele pode ter me perguntado sobre as circunstâncias da morte do meu pai".

"Em um momento ele parou, me encarou muito intensamente e me disse com uma certeza quase calma: "Penso que vou acabar como seu pai, da maneira que ele se foi".

Michael Jackson morreu aos 50 anos cheio de dívidas, em 2009, mas lidera o ranking de celebridades que mais faturaram após a “evaporação”. Esteve em todas as listas da Forbes desde 2013 e acumulou um patrimônio calculado em US$ 825 milhões após a venda parcial do catálogo dos Beatles, em 2016.

Você não vê muita coincidência nisso tudo? 

Motivos para “evaporarem” tinham de sobra. Tanto Elvis quanto Michael eram pedófilos e tinham diversos problemas emocionais e físicos que se agravavam com a idade. Já fizeram o que tinham que fazer. Chegaram aonde podiam antes dos 50 anos.

O problema da notoriedade – ser uma figura pública – é que as pessoas são personagens até seus últimos dias. Nunca poderão ser quem realmente são. Andar nas ruas, beber num boteco, andar na praia, e fazer compras em qualquer lugar e gastar aquilo que ganharam!

Pense bem... “evaporar’ seria a única solução... e foi o que eles fizeram.

Veja isso antes que tirem do ar.

PACOTÃO de venda dos meus livros