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25 de mar. de 2016

Serviço de Inteligencia do Governo a serviço das sombras


Veja o vídeo logo abaixo desse texto com o tenente-coronel André Soares, ex-analista da Agência Brasileira de Inteligência (ABIN) que revela casos que marcaram a atuação da agência, como a “Operação Mídia” e a recente “Operação Satiagraha”.

ABIN foi criada em 1999 pelo governo de Fernando H. Cardoso para assessorar a Presidência da República com informações e também para “proteger o país de ameaças”.

Refrescando a memória nacional

Operação Satiagrah - as peças se encaixando
Uma operação da Polícia Federal Brasileira contra o desvio de verbas públicas, corrupção e lavagem de dinheiro (em Portugal também chamado de branqueamento de capitais) desencadeada em princípios de 2004 e que resultou na prisão, determinada pela 6ª Vara da Justiça Federal em São Paulo, de vários banqueiros, diretores de banco e investidores, em 8 de julho de 2008.

Satyagraha foi o termo usado pelo pacifista indiano Mahatma Gandhi durante sua campanha pela independência da Índia que em sânscrito Satya, significa 'verdade'. Já agraha quer dizer 'firmeza', “firmeza na verdade” -  mas não senti muita firmeza nessa operação...

A Operação Satiagraha abriu uma verdadeira "caixa de Pandora". Negócios ligados ao nome do banqueiro Daniel Dantas, desde o governo Fernando Henrique até a gestão Lula foram trazidos a consciência popular.

Mas você não ligava pra isso na época, lembra? Conspiração é algo que você não lida. Muita abobrinha por metro quadrado, certo?

A Operação Satiagraha, apreendeu no apartamento do banqueiro Daniel Dantas documentos que comprovavam o pagamento "de propinas a políticos, juízes, jornalistas" no valor de R$ 18 milhões. Imagina...

Gilmar Mendes, então presidente do STF na ocasião, concedeu habeas corpus a Daniel Dantas, o que gerou debates em fóruns de discussão na internet, com milhares de mensagens contra e a favor da decisão, mas como sempre, não deu em nada.

Também foi motivo de debates um estudo da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), divulgado dia 5 de Julho de 2007, no sentido de que desde 1988 até maio de 2007, nenhuma autoridade foi condenada nas 130 ações ali protocoladas

Rodrigo De Grandis, procurador da República, classificou como "ilegal e inconstitucional" a decisão do presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Gilmar Mendes, de conceder habeas corpus ao banqueiro Daniel Dantas. 

E seu conhecimento parado...

Grandis defendia que o mérito do habeas corpus deveria ter sido julgado primeiro pelo TRF (Tribunal Regional Federal), para depois ser julgado pelo STJ e só então chegar ao Supremo.

A meu ver, a decisão cria um foro privilegiado para um banqueiro, que não existe na Constituição” — Procurador Rodrigo De Grandis.

Uma nova ordem de prisão foi solicitada pela Polícia Federal em São Paulo a partir de documentos encontrados por uma testemunha que prestou informações sobre "a ligação entre o preso e a prática do crime de corrupção contra um policial federal que participava das investigações.

Dantas ao ser preso pela segunda vez teria dito ao delegado Protógenes Queiroz que: iria contar tudo que sabia sobre suas relações com a política, com os partidos, com os candidatos, com o Congresso, sobre suas relações com a Justiça, sobre como corrompeu juízes, desembargadores, sobre quem foi comprado na imprensa, sobre como pagou um milhão e meio para não ser preso pela Polícia Federal em 2004.

Já viu esse filme? 
Dejavu? 

Não se sabe por que, mas Gilmar Mendes concede um segundo Habeas Corpus a Daniel Dantas e a Associação de Delegados da Polícia Federal (ADPF) divulga uma nota à imprensa criticando a decisão do presidente do então STF de suspender a prisão preventiva do banqueiro Daniel Dantas em desacordo com a jurisprudência dominante.

Congresso Nacional ficou em silêncio e ninguém queria saber de uma investigação séria sobre o assunto. Dantas unificou a oposição e a situação, já que são notórias as suas ligações com parlamentares de ambos os lados.

A poeira assentou... e recentemente transitou em julgado dia (19/8/2015) a decisão do Supremo Tribunal Federal confirmando o sepultamento da operação satiagraha. 

Operação Lava Jato buscava
tráfico de drogas e máfia italiana e
topou com o Governo Central

Alberto Youssef e Carlos Habib Chater foram pegos pelo Policia Federal no caso de tráfico internacional de drogas, operação que contava com a participação da Ndrangheta, máfia da região sul da Itália.

Youssef e Chater eram responsáveis pela parte financeira da operação criminosa, que contava com a participação da também doleira Maria de Fátima Stocker, que atuava com a dupla.
Yousseff vai abrir o bico!!!! 

A droga entrava no Brasil por via terrestre, depois de ser embalada no Paraguai. Os pagamentos aos traficantes eram feitos por Alberto Yousseff, que tinha Habib Chater como um dos seus principais operadores.

Para ser solto rapidamente, Alberto Yousseff disse que estava disposto a fazer um acordo de delação premiada, desde que fosse garantida sua imediata soltura, mas acho que o Dr. Moro não aceitou tão facilmente esse trato.

A prisão de Yousseff causou agitação no meio político, pois 85% dos políticos estavam de alguma forma envolvidos com o doleiro, com o tráfico e corrupção.

Nomes que foram logo citados daí em diante: Roseana Sarney (que saiu do cenário político rapidinho), Eduardo Campos (que tiraram do cenário rapidinho) e Sérgio Cabral Filho (que se escondeu rapidinho), todos envolvidos com a Petrobras e outros desvios.

O final dessa história você agora já conhece.
Mas não acredite no que escrevo, faça sua própria pesquisa e reveja a “suposta bravata” de Gilmar Mendes e de outros que se dizem “contra as ações do governo”.

Não salva um! Eles estão nos enganando. Nada vai mudar. Não vejo impeachment. Não vejo prisões.

Eles nunca saíram do poder e não vão sair facilmente. Não, nessa civilização...

laura botelho
parte 1

parte 2