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25 de out. de 2014

Regras para Radicais


O olho do furacão é como a “mente maligna” de toda a operação?

Bom, meteorologistas ficam atentos no desenvolvimento de tempestades a procura de sinais desse “olho”. O centro do olho do furacão é aparentemente a parte mais calma da tempestade, com céu sem nuvens, vento ou chuvas na maior parte, mas é apenas uma calmaria perigosa antecedendo o que virá pela frente...

Embora essa “falsa” calma do olho possa atraí-lo para fora de sua casa ou abrigo, os especialistas recomendam que você fique em casa. As pessoas muitas vezes são pegas de surpresa pelos ventos violentos. Não acreditam que aquela aparente calmaria possa ser violada.

Portanto eu aviso: Entramos dentro de um furação. Passamos um tempo vivendo no “olho”, no centro desse furacão, onde as coisas “pareciam” calmas, mas agora temos que sair dele, e essa saída não será nada fácil.

Quem tem conhecimento, informação sobre “furacões” saberá lidar com seus efeitos. Se protegerá e se organizará para esse evento e os que não têm... reze.

Em Regras para Radicais (seu último trabalho, publicado em 1971, um ano antes de sua morte), Saul Alinsky abordou a geração 1960 de radicais, destacando seus pontos de vista sobre a organização do poder em massa. No parágrafo de abertura Alinsky escreve:

O que se segue é para aqueles que querem mudar o mundo do que é para o que eles acreditam que deveria ser. Príncipe foi escrito por Maquiavel para os que têm sobre a forma de manter o poder. Regras para Radicais foi escrito para os que não têm como tirá-lo”.

Alisky defende que os donos do poder devem ser afetados pela pressão, pois eles continuamente disputam poder entre eles. “Este é o ventre vulnerável do status quo”.

Segundo Alinsky, ir para a cadeia, para um revolucionário, até que não é uma má idéia. Claro que não pode ser por muito tempo, portanto “o revolucionário deve se assegurar que suas violações a lei, sejam brandas. Prisão atenuada por anos seria um risco para a sua atuação, pois sua organização poderia esquecê-lo.

Para um revolucionário ir para a cadeia tem três funções vitais:
(1) é percebido como um ato por parte do status quo que por si só coloca o revolucionário em conflito com o status quo;
(2) fortalece de forma imensurável a posição do líder revolucionário com seu povo, pois o líder preso é rodeado de uma aura de martírio,
(3) aumenta a identificação do líder com seu povo, já que a reação instantânea da comunidade é sentir que seu líder se preocupa tanto com eles, é tão comprometido com a causa, que é capaz de sofrer na prisão por causa deles.

Alinsky vai além e diz que o tempo na prisão “é um elemento essencial no desenvolvimento de um revolucionário”. Isso por que lá ele poderá refletir sobre suas idéias, rever seus pontos fracos, e filosofar.

Os seres humanos podem sustentar o interesse em um assunto particular apenas por um período limitado de tempo. A concentração, o fervor emocional, mesmo a energia física podem durar apenas um tempo limitado – isto é verdadeiro para toda gama do comportamento humano, do sexo ao conflito.

Comunismo está morto?
O Comunismo não é uma ideologia, mas uma conspiração criminosa e predatória. Como um câncer que se multiplica sorrateiramente e ganha força quando encontra um ambiente propício. Um fungo que necessita demasiadamente das condições “certas” para se fortalecer e se expandir.

Ingênuo ou desinformado quem acredita que o Comunismo chega ao poder através de alguma revolução popular. É um mito crer que Bolcheviques chegaram ao poder na Rússia depois duma revolta dos trabalhadores e dos camponeses.

Na verdade foi através dum golpe de estado  - planejada e executada pela elite Marxista altamente treinada e consolidada através de uma guerra civil com ajuda fundamental da elite política e bancária do Ocidente.

O livro de Aldous Huxley "Admirável Mundo Novo" contém uma frase que simboliza o conceito que define a estratégia comunista;

O estado totalitário realmente eficiente seria aquele onde o todo-poderoso executivo dos chefes políticos e o seu exército de gestores controlariam uma população de escravos que não precisariam de ser coagidos porque eles amariam a sua servidão

Antonio Gramsci estudou Filosofia e História na Universidade de Turim, e rapidamente se tornou um Marxista devoto alistando-se no Partido Socialista Italiano. Imediatamente após a Primeira Grande Guerra, ele estabeleceu o seu próprio jornal radical, A Nova Ordem, e pouco depois ajudou a fundar o Partido Comunista Italiano.

Gramsci foi um Marxista fanático no que toca às teorias políticas, econômicas e históricas, mas ficou profundamente perturbado ao se deparar com a vida na Rússia Comunista que não exibia o “tal amor almejado” por parte da classe operária pelo "mundo maravilhoso” que Lênin havia prometido a todos.

Esse “mundo perfeito” da classe operária mantinha o seu domínio sobre os trabalhadores e homens da terra somente através do terror, das matanças em massa e do trabalho forçado, sobre as constantes difusões de propaganda, de slogans e de mentiras óbvias. Uma desilusão imensa para Gramsci.

Gramsci acreditava que se o Comunismo obtivesse a "mestria da consciência humana", então os campos de trabalho forçado seriam desnecessários e isso é visivelmente observado hoje em nossa cultura. A massa de escravos trabalha sem se queixar por um “tíquete” alimentação, um “tíquete” bolsa qualquer coisa.

Falta o essencial – respeito pela vida humana. Atenção a evolução de sua “consciência” – CONHECIMENTO - sobre o que isso está impedindo de enxergar uma saída desse labirinto.

Segundo Gramsci, o domínio da consciência da massa de manobra é obtido quando Comunistas ou “seus simpatizantes” obtém o controle das instituições culturais = das igrejas (reuniões onde existe fé, controle através da emoção), da educação primária (quanto mais cedo melhor para reprogramar essa mente), dos meios, mídia em geral, das artes áudio visuais, e assim por diante...

Nem é preciso controlar toda a informação se for possível obter o controle das mentes que assimilam essa informação. Ao obterem a "hegemonia cultural" o Comunismo iria controlar as fontes mais profundas do pensamento e da imaginação do ser humano.

Diante de tal controle mental a “oposição” séria desaparece uma vez que os homens já não são capazes de entender os argumentos dos opositores do Marxismo.

Etapas para o processo mental para a "hegemonia cultural" a ser trabalhada, segundo Gramsci:

1. As igrejas são, portanto, transformadas em clubes politicamente motivados, que colocam ênfase na "justiça social" e no igualitarismo, e onde as doutrinas milenares e os ensinamentos morais são "modernizados" ou reduzidos até ao ponto da irrelevância;

2. A informação importante é substituída por currículos escolares "emburrecidos" e "politicamente corretos", e os padrões [acadêmicos] são reduzidos de um modo dramático;

3. Os órgãos de informação são moldados de modo a serem instrumentos de manipulação em massa, e instrumentos de assédio e descrédito das instituições tradicionais e dos seus porta-vozes;

4. A moralidade, a decência, “virtudes” do passado são ridicularizadas incessantemente;


5. Os membros tradicionais e conservadores do clero são caracterizados como falsos e os homens e mulheres virtuosos são classificados de hipócritas, convencidos e ignorantes.


A instituição do casamento é caracterizada como um sistema maligno de domínio sobre as mulheres e as crianças. A família é descrita como uma instituição perigosa centrada na violência e na exploração.

Isso porque o núcleo familiar é uma célula muito importante, a base que fortalece todo um sistema maior. Dividir para dominar – essa é a melhor estratégia para matar essa “célula”.



É possível "Marxizar” o robô humano
que não faz uso da auto consciência?

Não tenha a menor dúvida sobre isso. Talvez uma ou mais duas gerações sendo programadas para a anulação da auto consciência, tal condicionamento social inevitavelmente alterará a percepção da sociedade, e produzirá crises estruturais significativas, conflitos que se manifestarão de formas variadas - virtualmente ou não - através de todo país.

Que a auto consciência (auto conhecimento) ilumine suas mentes ao sairmos desse olho do furacão. Que você não objetive apenas seus propósitos, suas metas, seus objetivos íntimos, mas pense nas gerações seguintes que sofrerão as conseqüências dos nossos atos egoístas.


O “novo mundo” não é um lugar, mas uma nova percepção de vivenciar experiências. Esse “mundo” será velho e ultrapassado para os que não entenderem que a mudança não está no voto a um candidato de sua escolha, mas no entendimento do que esse “voto” pode causar na mudança das gerações futuras.

Eu não saio da minha casa para votar, pago multa há anos, mas acredito que se omitir justamente nesse momento é no mínimo alienar-se de seu conhecimento, de sua maturidade evolutiva. É fechar os olhos para o presente e aceitar o “destino” que lhe é imposto.

Eu não acredito em “destino”, pois aprendi com a física quântica que quem faz o “mundo” é o observador e o que ando “observando” é tão perigoso que resolvi mudar esse “mundo” triste e catastrófico, não para mim que já tenho 54 anos, mas para a outra geração que vivenciará o fim do furacão...


laura botelho